Documentário sobre Avicii choca os fãs ao revelar como estava o DJ em seus últimos dias

Tribeca Film Festival

O documentário “Avicii: I’m Tim”, que estreou no Tribeca Film Festival, em Nova York, mostra como estava o Dj sueco, que morreu em 2018, em seus últimos dias.

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O novo documentário sobre Avicii estreou no Tribeca Film Festival, em Nova York e traça a história da vida do DJ, sua ascensão ao estrelato até sua trágica morte. Dirigido por Henrik Burman, “Avicii: I’m Tim”, explora desde a infância do artista até e os acontecimentos que o levaram ao suicídio,  em 2018, aos 28 anos.

“Antes de Avicii, havia apenas Tim”, diz a sinopse do filme. “Pela primeira vez, através de suas próprias palavras, testemunhe a jornada de um talento musical tímido, mas prodigioso, que logo se tornaria um dos artistas mais importantes de sua geração.”



O documentário mostra imagens de bastidores, apresenta vislumbres de seu processo criativo e conta com a participação de alguns dos colaboradores mais famosos de Avicii, incluindo Nile Rogers e Chris Martin, do Coldplay. Familiares e amigos também refletem como ficar tão famoso antes dos 20 anos  teve um impacto em sua saúde mental.

As entrevistas com o DJ, também revelam sua luta contra o álcool, que o ajudava a enfrentar sua timidez na hora de se apresentar: ‘Percebi como ficava rígido quando não estava bebendo, então descobri a cura mágica de tomar alguns drinques antes de começar, para relaxar.’ Parte do programa mostra Avicii dizendo que ele estava “se matando” com sua implacável agenda de turnês. Ele realizou mais de 800 shows em apenas seis anos.

Os danos causados pela bebida à saúde de Avicii o levaram ao hospital em janeiro de 2012, o DJ estava com pancreatite, uma condição causada pelo consumo excessivo de álcool. Na época os médicos disseram para ficar sóbrio durante seis meses ou o seu estômago não sararia. Escrevendo em seus diários, Avicii disse que teve “dificuldade em aceitar nunca mais beber” e admite que escolheu ouvir só os médicos que lhe disseram para beber com moderação.

“Eu era muito mais feliz antes de ser famoso do que depois de ser famoso. Comecei a me sentir muito infeliz, disse ele; “Eu estava no modo piloto automático. Comecei a me perguntar por que estava me sentindo assim”.

O documentário também mostra seu amigo Jesse Waits, sócio-gerente da boate XS de Las Vegas, contando como estava Avicii antes de seu falecimento. “Percebi que ele estava tomando analgésicos. Cresci com uma família que usava drogas e via que quando as pessoas tomavam opiáceos, seus olhos mudavam.”

“Seus olhos estavam bem abertos como os de um zumbi, mas ele não estava lá, a parte negra dos seus olhos pareciam ‘alfinetes’. Isso mudou tudo, essas pílulas mudam a forma como você age e como você se sente. diz Waits. “Para ele, foi para suprimir a ansiedade, mas apenas criou mais ansiedade.” Para o amigo, Avicii ‘se perdeu’ em meio ao sucesso.

Nas partes mais impactantes do filme, o DJ descreve detalhadamente suas lutas e diz que ficava “muito ansioso” o tempo todo. “Eu podia sentir isso fisicamente”. ‘Foi como uma pedra nas minhas entranhas e foi constante, uma emoção constante.’

Avicii procurou ajuda, mas segundo ele mesmo, nada funcionou e sua frustração com tudo só aumentou: “Sou eu tentando ser algo que não sou. O sonho seria estar completamente à vontade com o que já tenho e não ter nenhuma aspiração de fazer um bilhão de outras coisas, não estar trabalhando constantemente… então ficarei feliz. Quero me libertar das ideias de viver a vida. Isso me impediu de viver uma vida… isso seria vida para mim, estar contente.”

Avicii foi encontrado morto na cidade de Mascate, em Omã, após supostamente se cortar com uma garrafa de vinho quebrada. No comunicado divulgado por sua família após sua morte, eles disseram que ele ‘lutou contra pensamentos sobre o sentido da vida e da felicidade’. “Tim não foi feito para o maquinário em que acabou, ele era um cara sensível que amava seus fãs, mas evitava os holofotes”.

 

 

 

 

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