Diários de Alan Rickman, o Snape de ‘Harry Potter’, revelam o que o ator pensava de co-estrelas mirins

Trechos do diário do ator Alan Rickman, famoso professor Severus Snape na saga de filmes do Harry Potter, revelaram o que ele realmente pensava de suas co-estrelas mirins.

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Os trechos, registrados no livro Madly, Deeply: The Diaries of Alan Rickman, publicado em 2022, revelam que o ator, que morreu em 2016 após uma batalha contra o câncer de pâncreas, considerou deixar a franquia Harry Potter em 2002.

“Conversando com [o agente] Paul Lyon-Maris sobre a saída da [franquia] HP, que ele acha que acontecerá”, escreveu Alan em uma entrada datada de 4 de dezembro de 2002, cerca de um mês após o lançamento do segundo filme, Harry Potter and the Chamber of Secrets.

“Mas aqui estamos novamente na área de colisão do projeto. Reiterando não mais HP. Eles não querem ouvir isso”, escreveu Alan, que decidiu continuar interpretando o personagem querido mesmo depois de ser diagnosticado com câncer de próstata em 2005.

“Finalmente, sim ao HP 5 [o quinto filme da saga, Harry Potter and the Order of the Phoenix]. A sensação não é nem para cima nem para baixo. O argumento que vence é aquele que diz: ‘Vá até o fim. É a sua história'”, escreveu ele em janeiro de 2006.

Ele também ofereceu suas impressões sobre suas co-estrelas mirins, como Daniel Radcliffe e Emma Watson, que dividiram a tela com ele durante os oito filmes da franquia.

“Ainda não acho que ele seja realmente um ator, mas sem dúvida irá dirigir/produzir. E ele tem um apoio tão discreto e digno de seus pais. Nada é forçado”, escreveu ele sobre Radcliffe em um trecho datado de 2 de maio de 2003.

O ator ainda comentou sobre sua opinião em relação ao diretor Alfonso Cuarón. “Ele está sob a pressão habitual da HP e até começa a ensaiar câmeras diante dos atores, e essas crianças precisam de direção. Eles não sabem suas falas e a dicção de Emma [Watson] às vezes é deste lado da Albânia. Além disso, meu suposto ensaio é com um substituto que é francês.”

Sobre o terceiro filme da franquia, Harry Potter and the Prisoner of Azkaban, ele não segurou elogios para Cuarón. “Alfonso fez um trabalho extraordinário. É um filme bem adulto, tão cheio de ousadia que me fez sorrir e sorrir. Cada quadro é obra de um artista e contador de histórias.”

Ele ainda comentou sobre a morte de seu aclamado personagem após finalizar o último livro de Harry Potter em sua entrada de 27 de julho de 2007. “Terminei de ler o último livro de Harry Potter. Snape morre heroicamente, Potter o descreve para seus filhos como um dos homens mais corajosos que ele já conheceu e chama seu filho de Albus Severus. Este foi um genuíno rito de passagem”, escreveu Alan.

Em 29 de março de 2010, marcado como o “ÚLTIMO DIA DE HARRY POTTER”, Alan escreveu uma entrada que capturou o final surreal de sua jornada de uma década com a franquia.

“Tudo um pouco difícil de acreditar. Acho que até Daniel ficou chocado com a finalidade. Parecia que as câmeras estavam por toda parte (documentais). [Me perguntam] ‘Então, como é a sensação?’ antes de você sentir, antes que o sentimento tenha um nome. ‘É privado’, consegui dizer, ‘e não vou compartilhá-lo com isso’, apontando para suas lentes.”