Galã da Globo dos anos 70 e 80, Nuno Leal Maia leva vida pacata no litoral paulista

Foto: Nuno Leal Maia em “O Amor Está no Ar” (1997) / TV Globo

Figurinha tarimbada em novelas da TV Globo durante décadas, o ator Nuno Leal Maia, 71 anos, leva hoje uma vida tranquila no litoral paulista, junto da quarta esposa. É o que revelou uma reportagem da “Revista da Joyce Pascowitch”.

Nascido em Santos (SP), em 17 de outubro de 1947, o ator fez seu primeiro trabalho na Globo em 1976. Participou de 20 novelas e 5 minisséries na emissora, como “Estúpido Cupido” (1976), “Vereda Tropical” (1984), “Top Model” (1989), “Vamp” (1991), “História de Amor” (1995), “O Clone” (2001), “Caras & Bocas” (2010), “Ti-iT-Ti” (remake, 2011) e “Amor Eterno Amor” (2012), sua última novela na Globo.

Nuno Leal Maia
Nuno Leal Maia cercado pelos “filhos” na novela “Top Model” (1989): Gabriela Duarte, Carol Machado, Igor Laje, Marcelo Faria e Henrique Farias.

A reportagem conta que Nuno ainda mantém contato com amigos artistas e que cultiva amizades de décadas. Vera Fischer faz questão da presença dele em suas festas de aniversário e o ator troca mensagens de WhatsApp com Evandro Mesquita e frequenta a casa do casal Cláudia Mauro e Paulo César Grande.

Nuno não teve filhos. Está no quarto casamento há 17 anos com a paulista Mônica Camillo e, com ela, viaja pelo mundo. Já passou por China, Japão e Europa. O ator também conta que ainda é paquerado por admiradoras. E diz que, quando uma mulher o convida para um almoço, ele responde que só vai se levar a esposa.





Desde 2015 Nuno não tem mais contrato com a Globo, mas não se sente injustiçado e reconhece que tem uma carreira respeitada.

História
Ligado em esportes, a paixão de Nuno na adolescência era o futebol. Mas ele também frequentava o cineclube da cidade, onde assistia às chanchadas e filmes neorrealistas italianos.

O ator chegou a fazer alguns treinos no time do Santos, mas, em 1969, passou a estudar comunicação e história na Universidade de São Paulo. Foi nesse período que surgiu a ideia de se tornar ator. Participou de um teste para a primeira montagem brasileira do espetáculo “Hair”. Foi selecionado e recusou um emprego de professor de história em um cursinho. Em cena, Nuno ficava totalmente nu.

Em 1976 entrou para a Globo para fazer a novela “Estúpido Cupido”, na qual interpretou Acioly, um engenheiro careta. Então Nuno sugeriu para o autor Mário Prata que o personagem se tornasse um vigarista.

Daí para frente, a carreira decolou. Só na década de 1970 ele fez 20 filmes, nos quais se destacou pelo talento e virilidade. Na pornochanchada “O Bem Dotado – O Homem de Itu”, de 1976, ele deixa todo elenco feminino enlouquecido.

Na década de 1980 o ator se firmou na Globo e chegou a ser um dos artistas mais bem pagos da emissora. Em “Mandala” (1987), criou um bordão para seu personagem Tony Carrado: “Quer moleza? Senta no pudim”.

Nuno Leal Maia como o bicheiro Tony Carrado em "Mandala" (1987)
Nuno Leal Maia como o bicheiro Tony Carrado em “Mandala” (1987) / TV Globo




Outro personagem marcante foi o surfista Gaspar Kundera em “Top Model” (1989), que fez muito sucesso na época. Nuno conta na matéria que tinha de deixar o telefone fixo de sua casa fora do gancho de tanto assédio que sofria.

O ator ainda falou sobre drogas (“Claro que cheirei, mas não é a minha onda”) e revelou que segue a  religião taoísmo e que é fã de horóscopo e não gosta muito de usar celular.



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